No
domingo, 2 de fevereiro de 2025, sob um céu ensolarado, o Brasil despertou em
luto político pelos acontecimentos das eleições secundárias no Congresso
Nacional, realizadas no dia anterior. Um evento de extrema relevância para o
futuro do país, mas que passou despercebido por grande parte da população. A
cobertura foi transmitida pelos canais oficiais da Câmara dos Deputados e do
Senado, além de outros veículos de comunicação. No entanto, o engajamento do
eleitorado foi irrisório, o que levanta questionamentos sobre o interesse do
brasileiro pelos rumos políticos e econômicos da nação, especialmente quando
comparado ao envolvimento em reality shows como o Big Brother Brasil.
Para os
que acompanharam a votação, não houve surpresas. Os resultados já haviam sido
amplamente divulgados e analisados pelos meios de comunicação nos dias
anteriores ao pleito. O espetáculo ficou por conta dos discursos dos candidatos
à presidência das duas casas legislativas, recheados de promessas e
declarações, reforçados por líderes partidários que tentavam apresentar seus
candidatos como figuras ilibadas.
O jogo
político se mostrou mais uma vez determinante. No Senado, Davi Alcolumbre
(União-AP), reeleito em 2022 com 200 mil votos, superou Marcos Pontes (PL), que
recebeu quase 11 milhões de votos nas eleições gerais. O resultado evidencia
que, no cenário político brasileiro, os interesses partidários se sobrepõem à
vontade popular. Alcolumbre assume a presidência do Senado pela terceira vez,
com a promessa de priorizar emendas parlamentares que beneficiem municípios. No
entanto, seu histórico inclui decisões polêmicas, como o engavetamento de
pedidos de afastamento de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Em sua
nova gestão, ele já sinalizou que não atenderá a pressões populares por
mudanças.
Na
Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB) foi eleito presidente para o
biênio 2025-2027, derrotando Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) e Marcel van
Hattem (Novo-RS). Em seu discurso de posse, exaltou a Constituição Federal de
1988, embora tenha votado anteriormente a favor da prisão de um deputado,
contrariando o artigo 53 da Carta Magna, que garante a inviolabilidade dos
parlamentares por suas opiniões, palavras e votos. O episódio reforça a dúvida:
a vontade popular realmente prevalece?
O
ex-presidente Jair Bolsonaro, por sua vez, mais uma vez experimenta as
reviravoltas da política. Durante seu mandato, foi traído por Davi Alcolumbre,
mas, em um cenário onde alianças são constantemente reconfiguradas, aceitou os
acordos políticos que garantiram a eleição dos novos presidentes das Casas
Legislativas. Como resultado, Bolsonaro obteve apenas a vice-presidência da
Câmara e do Senado, além de algumas comissões de menor impacto. Contudo, as
pautas de votação seguem nas mãos dos presidentes eleitos e dos líderes
partidários, o que pode dificultar a concretização dos interesses do
ex-presidente e seus aliados.
O
cenário político brasileiro se mantém marcado por articulações estratégicas,
interesses partidários e um distanciamento crescente entre representantes e
representados. Enquanto isso, o eleitorado segue dividido entre a apatia e a
indignação.
Triste realidade de um povo sem cultura e manipulado pela mídia e, ainda usado como massa de manobra para proporcionar que as oligarquias de partido corrupto se mantenha no poder, corroendo tudo e a todos, deixando um rastro de destruição e desfalques por onde passa.
ResponderExcluirComentário acima, de autoria de Jorge Pacheco.
ExcluirEnquanto o gato não chega, os ratos fazem a festa. Essa falta de leitura está arraigada no brasileiro em geral, por está razão sofremos as consequências nas mentiras e promessas.
ExcluirMuito triste, assistir mais uma vez a corrupção falou mais alto, cada nosso Brasil vem se definhando politicamente, e demais sentidos, amigo Carlos o que será dos nossos netos ? E de todos demais do nosso País?
ResponderExcluirAcredito que o dever da família é fundamental, mas é prioridade fazer leitura de livros que possam fundamentar um caminho diferente dos que estamos vendo. Entretanto, cada um de nós temos agir diferente daquilo que pregamos, muita vezes condenamos, mas agimos iguais a eles.
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