O
tempo voa, mas as memórias ficam: uma homenagem ao legado da Escola Estadual
Comendador José da Silva Peixoto
O
tempo não espera por ninguém. É implacável e constante, deixando para trás
apenas as marcas que o ser humano se esforça para registrar, seja por palavras,
fotografias ou construções. Como dizem, "os registros escritos e mecânicos
fazem lembrar a história para os contemporâneos". Essa é uma reflexão
pertinente quando se trata de Penedo, a histórica cidade alagoana que tanto
contribuiu para o cenário nacional e permanece um tesouro para as gerações
presentes e futuras.
Penedo,
que já fez brilhar os olhos de um imperador e foi cenário para figuras como
Getúlio Vargas, Lucy Geisel e ministros de renome como Saraiva Guerreiro e
Luciano Costa, guarda um brilho peculiar. "Penedo deve ser incluída em
qualquer roteiro de bom gosto", disse alguém certa vez, e não há dúvida
sobre isso.
É
nesse rico contexto que se destaca a Escola Estadual Comendador José da Silva
Peixoto, um marco na educação da região do Baixo São Francisco. Fundada em 30
de outubro de 1934, inicialmente como Escola Normal de Penedo, a instituição
atravessou décadas de transformações, ganhando o nome atual em homenagem a um
ilustre penedense.
Ao
longo de seus 90 anos, o colégio tornou-se uma referência na formação de
gerações. Sua história é também a história de Penedo, com suas salas de aula
transbordando de alunos e sonhos. No início da década de 1999, um jovem
professor de química recebeu ali sua primeira oportunidade, encaminhado pela 9ª
Coordenadoria de Ensino. Ainda em formação, enfrentou o desafio de se juntar a
um time de educadores notáveis como os professores Gilberto Gonçalves (in
memoriam), Valdi Fernandes, Almira, entre tantos.
O
colégio, com suas inúmeras turmas identificadas por letras e números, não era
apenas um espaço de ensino, mas um cenário de desafios e conquistas. Foi ali
que o jovem professor consolidou seu sonho de se tornar funcionário público de
carreira, ocupando mais tarde o cargo de diretor adjunto, um dos momentos mais
marcantes de sua trajetória. Seu nome, Carlos Alberto Santana Eloy.
Hoje,
a Escola Estadual Comendador José da Silva Peixoto é um símbolo de resistência
e qualidade, celebrando nove décadas de contribuições inestimáveis para a
educação alagoana. Em suas salas, ecoam as vozes de professores e alunos que
ajudaram a moldar não só profissionais, mas também cidadãos que levam consigo o
orgulho de ter passado por um dos maiores colégios do estado.
A
história da escola, como a de Penedo, é uma lembrança viva de que, embora o
tempo passe, há marcos que resistem, gravados na memória de quem os viveu e nos
registros que mantêm sua essência para as próximas gerações.
Parabéns,
Escola Estadual Comendador José da Silva Peixoto.