O jogo da persuasão e a ausência de integridade de certos políticos relegam o povo a um status de mero resíduo descartável, especialmente nos períodos que antecedem as eleições municipais em Penedo, Alagoas. Como resultado, resta à população apenas migalhas de promessas vazias e um coro de lamentações, fruto da falta de discernimento na escolha de seus representantes, negligenciando o uso do raciocínio crítico para discernir entre as falsas e verdadeiras promessas. Nesse contexto, as palavras perspicazes de Sócrates ecoam com urgência e relevância: "Deve-se evitar cometer uma injustiça mais do que sofrê-la; o homem deve buscar o bem, tanto público quanto privado, e não apenas aparentar sê-lo; devemos empregar a retórica apenas para propósitos justos, assim como buscar a integridade em nossas próprias ações, evitando tanto a lisonja pessoal quanto a dos outros."

    Anteriormente, as emissoras de rádio detinham o poder de comunicar e fornecer informações claras e precisas, contando com âncoras de elevado nível intelectual. No entanto, hoje, sua função se desvirtuou, contribuindo para a alienação do cidadão e promovendo sensacionalismo, tornando-os dependentes de favores para sua sobrevivência. Paralelamente, seus âncoras se tornaram dispensáveis para a sociedade, carentes da intelectualidade necessária para transmitir o conhecimento almejado pelo cidadão.

    Penedo, uma cidade histórica com mais de três séculos de existência, já foi lar de políticos com ética e representatividade notáveis, cujas palavras valiam mais do que qualquer documento. Figuras como Raimundo Marinho, Alcides Andrade e Hélio Lopes merecem respeito e serem lembrados em cada contexto político em Penedo, Alagoas. Esses homens exemplares não explorariam o infortúnio alheio para se promoverem politicamente; ao contrário, procurariam compartilhar as adversidades com as famílias afetadas. No entanto, o cenário político atual é marcado por indivíduos sem retórica verdadeira, facilmente manipulados por marqueteiros desonestos. Esses indivíduos necessitam de três elementos essenciais: prudência no comportamento, contenção na fala e um senso de responsabilidade moral. O povo não necessita mais de enganadores.




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