Redefinindo a Saúde: A Corrente O ELO e a Jornada para Hábitos Saudáveis

 


A psicóloga e terapeuta Zildinha Sequeira escreveu em seu site: "Até algum tempo atrás, acreditava-se que, para ter saúde, bastava não estar doente. Hoje, sabemos que saúde é muito mais do que isso; 'é um estado completo de bem-estar físico, mental, social e espiritual' (definição usada pela Organização Mundial de Saúde - OMS). A saúde inclui o modo como se vive e a maneira como se lida com as circunstâncias do dia a dia. Para se ter saúde, de fato, é preciso se empenhar em buscar o equilíbrio físico e mental".

Ou seja, a autora destaca a evolução da percepção do que significa estar saudável, indicando que a simples ausência de doença não é suficiente. É importante compreender que a saúde está diretamente ligada ao modo de vida e, consequentemente, ao estado psicológico de cada pessoa.

Foi nessa perspectiva que surgiu a corrente denominada O ELO, criada pelos professores Cielle Moraes e Max Fernandes. Cielle, ligada à área de educação física, desenvolve suas atividades no box de sua propriedade, atendendo pessoas de todas as idades. Max, por sua vez, está intimamente ligado às ciências humanas e leciona em escolas particulares na cidade de Penedo, Alagoas.

No dia 28/04/2024, os dois profissionais se destacaram ao fazer uma apresentação sobre suas percepções de como ter hábitos saudáveis que possam levar as pessoas a uma perspectiva de vida que ultrapasse os limites da ociosidade, sem a necessidade de muitos recursos. Na presença de um grupo seleto de pessoas na Casa da Aposentadoria, eles mostraram com muita segurança que, para adotar hábitos saudáveis, não é necessário ser jovem. Cada um dos profissionais demonstrou suas percepções baseadas em seis pilares importantes.

O caminho para o autodesenvolvimento é uma jornada complexa que envolve vários fatores psicológicos e comportamentais. Entre esses, foram destacados três pilares: dopamina, motivação e hábitos. Max explorou como esses pilares interagem e superam obstáculos comuns, como os empecilhos que impedem os objetivos para alcançar uma vida plena e satisfatória.

Para começar, Max explicou como o "motor do prazer" e da recompensa é crucial nos circuitos do cérebro. Por exemplo, ao realizar atividades físicas adaptadas ao corpo, os níveis de dopamina aumentam, criando uma sensação de prazer. Esse mecanismo pode formar hábitos que tendem a ser desenvolvidos regularmente, o que pode ser o início de hábitos saudáveis. O segundo pilar, na percepção de Max, é a “chama interna”, ou seja, a motivação, que pode direcionar para o objetivo que se quer alcançar. É importante entender a relação íntima entre esses dois pilares, pois um encoraja o outro. Para finalizar, Max deixou claro que o hábito, que se refere ao terceiro pilar, é uma repetição regular de ações sem uma exigência de grande força mental, ou seja, quando não é realizado, sente-se falta. Assim, esses três pilares demonstram que não é necessário ter uma determinada idade para adotar um estilo de vida saudável.

Na sequência, Cielle explicitou a razão do cérebro não corresponder às necessidades fisiológicas que podem levar a uma vida saudável. A programação sabotadora é um dos pilares negativos. Segundo ela, é a principal razão que impede o progresso do desenvolvimento da autoestima. "Eu não posso" seria o segundo pilar negativo, que dificulta o início de qualquer atividade que possa ser o primeiro passo ao encontro do "motor do prazer." "Eu mereço", esse sim, pode ser o principal pilar para a direção da mudança e encontro dos principais pilares, que são: dopamina, motivação e hábito.

No jogo do "Eu não posso vs. Eu mereço", deve-se ter cuidado com os entornos negativos que podem ser criados e impedir o progresso das mudanças de bons hábitos. Adotar contrastes que possam melhorar a mentalidade e transformar as perspectivas para novos caminhos, disse Cielle.

Certamente, os candidatos às mudanças devem ter cuidado nas escolhas, pois são elas que irão levar a identificar os pensamentos que prejudicam o início de um bom começo.

A psicóloga Zildinha Sequeira destaca a evolução da definição de saúde, que hoje é entendida como um estado completo de bem-estar físico, mental, social e espiritual. Nesse contexto, a corrente O ELO, criada pelos professores Cielle Moraes e Max Fernandes, promove hábitos saudáveis baseados nos pilares da dopamina, motivação e hábitos. Ambos demonstraram que a adoção de um estilo de vida saudável é possível em qualquer idade, abordando também os obstáculos psicológicos, como a programação sabotadora e crenças limitantes. Eles enfatizam a importância de superar pensamentos negativos e adotar uma mentalidade que favoreça o autodesenvolvimento e a transformação pessoal. Os dois disponibilizam mentoria que podem ajudar adquirir os principais pilares da autoestima.

 

Robin Hood e a Política Contemporânea: Uma Reflexão sobre Justiça Social e Compromisso Político em Penedo


        Robin Hood viveu na Inglaterra medieval e se tornou um fora-da-lei revoltado com a política do Rei Ricardo Coração de Leão, que cobrava altos impostos dos seus súditos. Indignado com essas injustiças, Robin Hood formou um grupo de pessoas de sua confiança, incluindo um padre que ajudava a planejar suas ações. Juntos, eles sequestravam recursos dos ricos e os distribuíam aos pobres necessitados, que sofriam não apenas com o trabalho forçado, mas também com as exigências violentas dos cobradores de impostos. Eventualmente, Robin Hood se tornou um símbolo na luta dos pobres contra uma sociedade arbitrariamente dividida em classes sociais.

Conhecido como Robin Hood, ele não se tornou apenas um ícone na luta contra o rei, mas também uma defesa para os pobres da Inglaterra medieval. Sua fama chegou a outros continentes através de livros e filmes. Na década de 1970, os jovens vibravam com suas ações nas fitas que revelavam suas façanhas. Além de ser habilidoso em subtrair dos ricos, ele era um excelente arqueiro, com o arco e flecha sendo sua arma favorita, e um bom espadachim que desafiava a autoridade de sua majestade. Claro, existem controvérsias a respeito dessa lenda.

Surpreendentemente, em um programa de rádio da cidade de Penedo, em Alagoas, foi debatida a problemática do vice-prefeito que recentemente abandonou as ideologias partidárias que o elegeram junto com o prefeito atual. Atualmente, o vice-prefeito, que se declarou pré-candidato a vereador, está apoiando o ex-prefeito, que é um forte candidato e com três eleições vitoriosas. Inesperadamente, um ouvinte do programa, agindo pela emoção do conteúdo em pauta, perguntou: “Já que o vice-prefeito deixou para trás o compromisso de continuar ajudando o grupo que o elegeu, então, é mais justo que ele abra mão do salário que recebe, já que não está mais trabalhando”.

Ora, apesar da emoção do ouvinte, a ideia é interessante, pois o município economizaria nos oito meses que faltam para terminar a gestão, um montante significativo que poderia ser aplicado em áreas mais importantes. Conforme o programa avançava, o debate se acirrou entre os âncoras. “Acredito que o vice-prefeito vai acatar a sugestão do ouvinte”, ressaltou um dos âncoras. “Ah, jamais aceitará”, rebateu o outro. E como no campo das ideias os debates se tornam prolongados, o âncora, conhecedor assíduo da vida política do vice-prefeito e pré-candidato a vereador, foi mais além: “Ele vai largar o cargo. Pelo que conheço de seus atos políticos, ele não liga para dinheiro. E vou mais longe: caso não peça exoneração, ele deveria, no final de cada mês, sacar seus honorários e, na porta da Caixa Econômica, jogar o dinheiro para o alto, fazendo a festa do povo que por ali passasse”.

Seria um gesto magnífico, pois faria ressurgir um novo Robin Hood, dentro da lei, já que os valores devolvidos ao povo não trariam problemas com o rei, porque seria uma doação do próprio bolso. Embora esses vencimentos sejam consequência da arrecadação de impostos exorbitantes, que é uma exigência do governo federal. Ao ser aclamado como o novo Robin Hood, ele abandonaria a fama de “Judas, o traidor”, aquele da contemporaneidade que pula de galhos partidários a cada eleição com “beijos” nas faces dos que são mais convenientes para angariar vantagens e se manter no poder.

Talvez as exaltações dos âncoras do programa na Mira do Canhão, que tem Antônio Kão, como organizador das carrapetas, estejam enganados, pois o atual vice-prefeito e pré-candidato a vereador não é louco ao ponto de largar seu salário ou jogá-lo para o alto, no intuito de agradar aqueles que gostam de promessas vazias e têm um nível intelectual insuficiente para distinguir joio do trigo. Não se pode comparar as ações de Robin Hood que, mesmo sendo um fora da lei, às dos "políticos" contemporâneos, seria assassinar a reputação daquele que, mesmo sendo uma lenda, acreditava na luta por justiça social. Entretanto, se ele quisesse se tornar um salvador da pátria, encontraria problemas com a justiça eleitoral, pois uma possível ação desse tipo caracterizaria compras de votos.

Penedo, em Alagoas, já tem 380 anos. Esteve entre as cidades promissoras em economia e já foi vista como o local adequado para a instalação da capital da província. Hoje, arrasta-se na humilhação de sobreviver aos repasses do governo federal. É uma triste realidade, e essa responsabilidade deve-se aos “políticos” descompromissados com a realidade do seu povo, mas comprometidos com a falta de ética e com picuinhas nas caladas da noite.

A Negligência Científica no Brasil, Entre Injustiças e Desafios


O Brasil é um país marcado por injustiças, especialmente no campo das ciências. Em novembro de 2019, a revista Galileu divulgou uma lista dos pesquisadores que mais se destacaram na década de 2010. Entre os 21 brasileiros mencionados, provenientes de várias universidades e diversas áreas de pesquisa, destacam-se estudos sobre a doença mais recente do século, o Coronavírus, que devastou milhares de vidas no Brasil. Vale ressaltar que esses pesquisadores estão entre os mais de seis mil escolhidos entre universidades de renome, como as dos Estados Unidos e Inglaterra.

Mas será que o Brasil reconhece esses valores tão importantes, que podem salvar vidas? Não há uma resposta concreta, pois o que mais se destaca no cotidiano são notícias sobre a diminuição de recursos financeiros destinados à ciência e à educação. É diante dos problemas ambientais que se percebe a importância da ciência e, consequentemente, a necessidade de investir em pesquisas para ampliar o conhecimento científico.

A falta de reconhecimento na ciência teve um reflexo grave entre setembro do ano passado e maio do corrente, quando o governador do Rio Grande do Sul ignorou os sinais de alerta sobre as mudanças climáticas que poderiam atingir o estado, alegando que "o Rio Grande do Sul tem outras pautas mais importantes". Após o desastre, quando questionado pela imprensa, ele se justificou como se a vida das pessoas não tivesse significado, utilizando eufemismos para minimizar as críticas. Será que já pode chamá-lo de negacionista?

Talvez o mandatário do Rio Grande do Sul não saiba, ou tenha esquecido, que a ciência pode salvar vidas. Foi assim na metade do século XX, com cientistas como Vital Brazil, médico imunologista que descobriu a especificidade do soro antiofídico em 1898; Carlos Chagas, médico sanitarista que identificou a Doença de Chagas em 1909; Maurício Rocha e Silva, farmacologista que descobriu a bradicinina em 1949, contribuindo para o controle da pressão arterial; e Marcos dos Mares Guia, bioquímico que desenvolveu a insulina humana recombinante em 1990. O sucesso desses homens só foi possível graças ao empenho de gestores comprometidos com a saúde pública.

    Quando os militares tomaram o poder, a ciência entrou em decadência no Brasil, prejudicando novos conhecimentos. Centenas de pesquisadores foram perseguidos e forçados a deixar o país. Décadas se passaram desde o retorno da democracia, mas a credibilidade das pesquisas ainda não foi plenamente restabelecida em todas as áreas. Infelizmente, o uso de dinheiro público em pautas como viagens, fundo partidário e compras diversas parece ter mais prioridade.

    À medida que os anos passam e os gestores mudam, a crença de que o estado é confiável está cada vez mais distante. A ingenuidade do eleitorado continua a aumentar, e a política parece ser composta pelos piores indivíduos. O livro "O Caminho da Servidão" explica não apenas a impossibilidade do estado ser confiável, mas de realizar esse desejo, mostrando a razão pela qual a política é preenchida sempre pelas pessoas menos aptas à administração do Estado.

 

 

A Crise da Intelectualidade e o Sensacionalismo no Brasil Atual



A estupidez tomou conta do Brasil, mas a verdade é que sempre foi assim. Antes, não tínhamos os meios que temos hoje para fazer o povo entender o que realmente se passava. O problema é que agora tudo se tornou visível demais para não reclamar. Verdadeiramente, o povo passou a ser tratado como fantoche, dormindo e acordando ao som de programas de rádio que semeiam o sensacionalismo.

Hoje, 15 de maio de 2024, circulou um vídeo pela internet, onde um político de Coruripe, em Alagoas, reclama de outro da cidade de Penedo, no mesmo estado. Na atual conjuntura política, os dois estão no mesmo barco na campanha para prefeito. O que é isso, “companheiros” de pouca fé, onde estão suas ideologias partidárias? Permita-me dizer, o vídeo que circula não dá a certeza de ser verídico. A estupidez das pessoas em ser tomadas pelo sensacionalismo e pelas mentiras divulgadas por emissoras de rádio é imensa.

Outro vídeo foi divulgado mostrando pessoas em trabalho análogo à escravidão no estado do Espírito Santo. A divulgação teve um efeito sutil: a libertação dos trabalhadores. No entanto, certamente atrapalhou o andamento das investigações e, por conseguinte, a prisão dos responsáveis. Será que precisamos chegar ao fundo do poço para então encontrar o caminho da verdade? Olavo de Carvalho, em seu livro “O Imbecil Coletivo”, diz que “alguma coisa no cérebro de nossos intelectuais não vai bem[...]a alienação da nossa elite intelectual, arrebatada por modas e paixões que a impedem de enxergar as coisas mais óbvias”.

Admito que seja difícil não concordar com Olavo de Carvalho. Basta uma simples pesquisa para descobrir que muitos dos homens com cérebros notáveis tiveram que sair do Brasil para fazer sucesso com suas descobertas, como Santos Dumont. O que nos resta são pessoas fanáticas por paixões que levam à degradação da sociedade. Por consequência dessa estupidez coletiva, catástrofes acontecem e o povo paga por isso. Muitas dessas situações poderiam ser evitadas se cautelas fossem tomadas, pois certamente existem advertências pelos órgãos responsáveis.

No Brasil, essa falta de intelectualidade existe praticamente em todos os setores da sociedade. Por essa razão, nos deparamos com o “politicamente correto”. Basta observar o que falam algumas pessoas que nos governam. “A distribuição de alimentos, água e agasalho deve ser feita primeiro para os ciganos e quilombolas atingidos pelas chuvas no Rio Grande do Sul”. A fala de Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial, ecoa dentro da falta de intelectualidade coletiva, como se os brancos e pessoas ricas não fossem atingidas pela catástrofe, ou seja, não há razão para dividir o estado em um momento tão complexo.

Provavelmente, o Brasil precise passar por uma reforma política séria, onde a educação, que é o alicerce de qualquer pilar da sociedade, possa sofrer uma reforma significativa. As famílias devem assumir a responsabilidade de educar seus filhos, para que a escola possa completá-los e torná-los cidadãos. É preciso reformular as câmaras municipais, pois são elas que estão mais perto do povo, com pessoas que possam entender de política, educação, segurança e administração, e que tenham bom senso. O Brasil não pode continuar a ser um pária para o mundo.

 

Relembrando a Simplicidade e Ensinamentos da Vida no Interior

 


O desejo de muitas crianças contemporâneas é crescer e viver na cidade, onde têm acesso a todas as comodidades para seu desenvolvimento. No entanto, muitos, ao se tornarem adultos, acabam dependendo financeiramente dos pais, relutando em ingressar no mercado de trabalho, tanto dentro quanto fora da cidade onde residem. Isso os torna dependentes e os afasta da oportunidade de conhecer o mundo real. Infelizmente, é uma realidade observável. Essa falta de independência pode afetar suas habilidades de estímulo, raciocínio e visão de mundo, resultando em uma vida permeada por ilusões.

Recentemente, meu sonho se tornou realidade com a construção de uma nova residência no interior de Coruripe, Alagoas, com três quartos, sala, cozinha e uma área para relaxar em uma rede. Ao observar a vida das pessoas que moram ali, passei a enxergar a existência de forma diferente. Surpreendentemente, são felizes com o simples. Não necessitam de muito para sorrir, apenas do essencial para sobreviver. Uma mesa farta com alimentos que saciem a fome é o suficiente. Um exemplo é um morador de oitenta e quatro anos, que passa seus dias ativamente, cuidando de sua plantação, de seus animais e apreciando a natureza ao seu redor, sem queixas.

Minha ambição me afastou de minhas raízes por quase cinquenta anos, mas percebi a tempo que a qualidade de vida não requer excessos. Ao me deitar em minha rede na nova residência, sou inundado por lembranças de minha infância em um sítio no município de Piaçabuçu, Alagoas. Foi lá que aprendi sobre as necessidades básicas e a dureza da vida.

Enquanto fecho os olhos, ouço o vento balançando as palmeiras e as árvores, vejo a chuva escorrendo pelos telhados, e recordo os dias de chuva abundante que sustentavam a terra. Lembro-me de correr pelo terreiro da casa com meus irmãos, jogar bola na várzea e ajudar meu avô na ordenha das vacas. Tudo isso fazia parte de minha rotina simples, mas gratificante.

Recordo também meu avô, um habilidoso vaqueiro que desempenhava o papel de veterinário, realizando procedimentos nos animais com maestria. Sua expertise era essencial em um ambiente onde os recursos médicos eram escassos. Na ausência de um médico, recorria-se a curandeiros para tratar problemas de saúde.

Minha infância também foi marcada por brincadeiras inocentes, como a de vaqueiro, em que eu e meu irmão nos divertíamos montando nossos cavalos de pau. No entanto, houve momentos de travessuras, como quando experimentamos a cachaça do meu pai pela primeira vez, e quando marquei meu irmão com arame quente para simular as marcações que fazem nos animais, lembranças que guarda um misto de saudade e leve arrependimento.

Agora, à medida que me aproximo da aposentadoria, almejo retornar às minhas raízes de forma definitiva. Quero compartilhar minhas experiências com minhas netas, ensinando-lhes a valorizar a natureza e compreender que a verdadeira riqueza está em uma vida simples e plena. Como diz o ditado local, "A vida aqui só é ruim quando não chove no chão, mas se chover, há fartura para todos".


 


    O jogo da persuasão e a ausência de integridade de certos políticos relegam o povo a um status de mero resíduo descartável, especialmente nos períodos que antecedem as eleições municipais em Penedo, Alagoas. Como resultado, resta à população apenas migalhas de promessas vazias e um coro de lamentações, fruto da falta de discernimento na escolha de seus representantes, negligenciando o uso do raciocínio crítico para discernir entre as falsas e verdadeiras promessas. Nesse contexto, as palavras perspicazes de Sócrates ecoam com urgência e relevância: "Deve-se evitar cometer uma injustiça mais do que sofrê-la; o homem deve buscar o bem, tanto público quanto privado, e não apenas aparentar sê-lo; devemos empregar a retórica apenas para propósitos justos, assim como buscar a integridade em nossas próprias ações, evitando tanto a lisonja pessoal quanto a dos outros."

    Anteriormente, as emissoras de rádio detinham o poder de comunicar e fornecer informações claras e precisas, contando com âncoras de elevado nível intelectual. No entanto, hoje, sua função se desvirtuou, contribuindo para a alienação do cidadão e promovendo sensacionalismo, tornando-os dependentes de favores para sua sobrevivência. Paralelamente, seus âncoras se tornaram dispensáveis para a sociedade, carentes da intelectualidade necessária para transmitir o conhecimento almejado pelo cidadão.

    Penedo, uma cidade histórica com mais de três séculos de existência, já foi lar de políticos com ética e representatividade notáveis, cujas palavras valiam mais do que qualquer documento. Figuras como Raimundo Marinho, Alcides Andrade e Hélio Lopes merecem respeito e serem lembrados em cada contexto político em Penedo, Alagoas. Esses homens exemplares não explorariam o infortúnio alheio para se promoverem politicamente; ao contrário, procurariam compartilhar as adversidades com as famílias afetadas. No entanto, o cenário político atual é marcado por indivíduos sem retórica verdadeira, facilmente manipulados por marqueteiros desonestos. Esses indivíduos necessitam de três elementos essenciais: prudência no comportamento, contenção na fala e um senso de responsabilidade moral. O povo não necessita mais de enganadores.




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