Lá
estava eu, mergulhada em dor, extremamente cansada das pancadas que a vida
tinha me dado. Naquele momento, a tão esperada esperança parecia desconhecida,
e a alegria? Quem disse que ela existia? O insuportável silêncio na sala da
solidão me deixava enlouquecida; a tristeza era uma dor que permeava todo o meu
corpo. Qualquer coisa sem importância parecia fazer mais sentido do que a
própria vida; as palavras de um mentiroso tinham mais veracidade do que
qualquer parte de mim.
Entretanto, em um dia estranho
de sol, eu o vi, e ali estava a salvação para os meus dias sem luz. Pela
primeira vez, meu corpo se viu livre da dor e minha alma sentiu paz. Confesso,
senti medo, mesmo assim permiti que ele entrasse e se sentisse à vontade.
Sentei-me com ele e ouvi-o contar sobre sua vida longa e feliz, por onde
passara, quem visitara e quantas pessoas abraçara. Muitas horas se passaram,
mas incrivelmente não me cansei de ouvi-lo falar.
Ele me perguntou sobre a vida,
e ali as palavras me faltaram. Minha vida triste havia tirado de mim toda a
possibilidade de contar minha história; não havia o que dizer, pois em todos os
anos de minha existência fui impedida de viver.
Sua companhia tornou-se
rotina, e minha vida infeliz transformou-se em apenas uma lembrança ruim. Ele
já fazia parte de mim; toda a dor que um dia sentira já não residia mais em
mim, a força negativa da tristeza já não me dominava mais, finalmente fui
libertada.
Você deve estar se
perguntando, "Quem será esse ser tão poderoso e libertador”? Haverá entre
nós alguém com um coração tão bondoso? E eu vos afirmo que sim, esse ser tão
sublime e desejado está dentro de você; ele é o amor, foi ele quem me libertou!
Texto
da aluna Maria Suiane
3º ano
médio do Colégio Estadual
Caldas
Júnior – Neópolis -Se.
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