Os Desafios Contemporâneos das Paralisações e Greves: Em Busca de Propósito na Educação

 

Qual é o propósito de uma greve ou paralisação nos dias de hoje? Antigamente, esses movimentos representavam a luta de uma classe por melhorias em sua profissão, qualidade financeira e de vida, levando as indignações para as ruas. Hoje em dia, essa finalidade parece obscura, mas, com base em minha experiência como funcionário público, consigo vislumbrar algumas possibilidades. Talvez o propósito seja político, resumindo-se em duas vertentes. Primeiramente, pode ser uma forma de fazer oposição ao gestor que foi "apoiado" pela representação da classe nas eleições e que, por falta de ética, não cumpriu suas promessas de campanha. Em segundo lugar, pode ser uma tentativa de manipular uma massa ainda em formação para que apoie os interesses da classe. Esta última parece mais provável, já que essa massa precisa ser influenciada para dar continuidade ao projeto de poder de uma minoria que se beneficia da vulnerabilidade alheia.

A falta de critérios por parte da entidade Sinteal, que representa os professores de Alagoas, é evidente. Atualmente, essa entidade parece priorizar apenas seus filiados, deixando os não filiados à mercê da sorte e da autoridade do Estado.

Outro aspecto preocupante é a falta de respeito com a massa que está sendo manipulada. Muitos deles saem de suas casas em horários inconvenientes em busca de educação e se deparam com uma escola despreparada para cumprir a carga horária do dia; isso é profundamente lamentável.

Esses movimentos contemporâneos parecem desprovidos de propósitos claros, tornando-se apenas modismos. Portanto, a classe precisa reconsiderar ações como a do dia 26, pois todos lutam por um país melhor, mas isso só será possível se a educação seguir um rumo genuinamente transformador.

 


 

Texto: Carlos Eloy

4 comentários:

  1. Parabéns, excelente texto!
    Texto que propõe uma reflexão sobre o papel do professor nos dias atuais.
    Cuidado para os “entendedores” não te chamarem de professor autoritário e ultrapassado. Os nossos “alunos” estão alienados e doutrinados, cheios de direitos e deveres nada. Tem aluno com potencial elevado? Claro que sim!
    Apesar de tudo isso, o aluno é peça-chave para a disciplina escolar e o sucesso do aprendizado. Só que não aproveita isso e depois culpa o professor pelo seu fracasso.
    Seguidamente vemos apresentadores de TV a políticos, até ilustres desconhecidos, todos dando palpites sobre a educação, a maioria das vezes sem conhecimento de causa nem formação na área, e justamente por desconhecerem a realidade estrutural de uma escola, do professor e do aluno que tanto defendem.
    No final, o aluno finge que aprendeu para não ser reprovado. Depois que começou essa progressão continuada, regrediu foi o aluno. O sistema é bruto!

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    1. Hoje, alagoas bate no peito e diz que está em 3º lugar no nordeste no patamar da educação.

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  2. Diante desse mundo globalizado, uma nova forma de fazer educação deve fornecer subsídios não só para o desenvolvimento cognitivo do profissional, mas principalmente para o seu desenvolvimento psico-afetivo-social o que trará enorme ganho à sua carreira.

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    1. Também acredito nisso. Mas por que o direito do trabalhador é tão afetado? Direitos garantidos não podem ser mexidos. Será que por trás de todo esses diálogos entre entidades e gestores existem mesmo a veracidade dos benefícios das classes?

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